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Dermatite de Contato – Entendendo e Tratando

Tenho percebido que a quantidade pessoas que sofrem com dermatites de contato têm aumentado nos últimos anos. Mas não apenas têm surgido mais casos, estes casos são mais graves e duradouros, e os diagnósticos das possíveis causas são em si grande maioria desconhecidos, mesmo após um intenso questionário aplicado aos pacientes e testes de contato para substâncias químicas comuns em cosméticos, produtos de higiene, saneantes e substâncias biológicas presentes em nosso ambienta.

 

Mas o que é primariamente uma dermatite de contato?

Sim, é um tipo de reação alérgica que age como uma reação inflamatória, que pode ser local, ou seja no local que foi exposta ou se estender para diversos locais do corpo, não existe um padrão. Até podemos tentar rastrear alguns, por exemplo, os que estão relacionados ao contato com as borrachas dos aparelhos de academia. Os sintomas mais comuns são erupção cutânea, coceira, vermelhidão e descamação. Há uma ampla gama de características para os sintomas citados, no entanto muitos deles podem se sobrepor e até mesmo resultar em um sintoma não previsível, o que dificulta ainda mais um diagnóstico preciso.

 

O tratamento padrão é a utilização de anti-histamínicos para a coceira, de cremes hipoalergênicos para hidratar a pele ressecada, de corticoides tópicos e compressas elásticas duplas e respiráveis para garantir a maior exposição dos medicamentos. Em casos mais graves terá de ser utilizado um corticoide oral e no pior um injetável. A questão é que todos estes procedimentos e medicamentos surtem pouco efeito e são amenizadores, além de dietas restritivas e restrição de uso de outros medicamentos. Tudo isso serve para que o paciente possa suportar por tempo o suficiente até que o sistema imunológico consiga se resolver, tirando a substância do organismo ou tornando-se tolerante. E isso pode levar de semanas, meses até anos ou entrar em um estado de cronicidade, em que a patologia inicial é descaracterizada e outra de maior risco se estabelece.

 

A questão é, só podemos fazer isso por estes pacientes?

Não. Há medicamentos que podem altear o curso dessa patologia.

De que forma?

A dermatite de contato é uma falha imunobioquímica em que a substância desconhecida está forçando o sistema imunológico a iniciar um processo inflamatório descontrolado e inespecífico. Há dois medicamento que podem ser utilizados nestes casos um é baseado em um conjunto de frações proteicas chamadas fatores tímicos, que tem como medicamento base a TIMULINA e um conjunto de frações proteicas chamada de fatores de transferência, a função destas substâncias em conjunto é regular a atividade imunológica, criando a capacidade de tolerar a substância e/ou melhorar o tourover da substância imuno tóxica para fora do organismo, pelo sistema urinário (no caso de ser hidrossolúvel) ou pelo sistema digestivo (no caso de ser lipossolúvel). O que se esperar é uma parada na reatividade, as manchas e a escamação podem demorar muitas semanas até que sejam totalmente renovadas, podendo ser utilizada colagenase e uma leve esfoliação para acelerar a renovação celular.

Ambos os medicamentos citados são injetáveis e devem ser aplicados de forma intramuscular em intervalos de tempo regulares, o primeiro do ciclo é de 4 doses uma vez por semana. Ao final da quarta dose, caso os sintomas de coceira ou aumento da região afetada tenham se estabilizado, não há necessidade de continuar, caso não deve ser repetido tantas vezes quantas forem necessárias até a obtenção da melhora clínica sintomática.

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