Ao promover o crescimento de bactérias intestinais, a fibra dietética pode prevenir a obesidade, a síndrome metabólica e as alterações indesejadas no intestino, de acordo com um estudo da Universidade Estadual da Geórgia.
A obesidade está ligada à síndrome metabólica, um conjunto de condições que incluem hipertensão, açúcar elevado no sangue, excesso de gordura corporal ao redor da cintura e níveis anormais de triglicérides ou colesterol.
Como as taxas de obesidade continuam a aumentar, entender como essas condições funcionam juntas e o que pode ser feito para preveni-las tem uma importância fundamental para a saúde das sociedades.
A síndrome metabólica é agora considerada uma doença inflamatória crônica, envolvendo relações alteradas entre nas bactérias que compõem a flora intestinal normal.
A sociedade ocidental experimentou uma enorme mudança nos hábitos alimentares nas últimas décadas; agora há uma ênfase muito maior nos alimentos processados, que, notadamente, não possuem fibras. Isso teve um impacto nas bactérias intestinais e, segundo alguns, poderia ajudar a explicar o aumento da prevalência da síndrome metabólica.
Uma dieta sem fibras altera a composição das bactérias intestinais, reduzindo os números em geral e alterando as proporções das espécies. Além disso, dietas com pouca fibra aumentam a capacidade das bactérias de invadir as células epiteliais do intestino; isso provoca uma resposta inflamatória, que ao longo do tempo causa uma inflamação crônica com consequências cada vez mais graves.
