A empresa Anthygenus detém o único tratamento imunológico que pode alterar o curso dessa patologia em pacientes que já fizeram uso da maioria das medicações “comuns”.
Para ajudar na compreensão dos problemas (ter herpes não é o único problema), vou tentar pautar cada um dos principais, assim, paciente e médicos podem ter uma visão mais ampla sobre a questão “Herpes” no Brasil na pandemia de Sars-Cov-19.
1 – Por motivos que desconhecemos, após alguns meses do mundo ser noticiado com a pandemia por Sar-Cov-19, muitos pacientes com Herpes começaram a apresentar as típicas lesões do herpes (o texto é generalista e vamos tratar Herpes Labial, Genital e Zooster em conjunto) com mais intensidade, posteriormente notamos que estes pacientes estavam com altas cargas virais “circulantes” (geralmente o vírus fica dormente ou em um estado de latência, o mesmo que “escondido” em alguns “locais” – o uso das aspas é apenas para informar que a informação esta sendo simplificada). Qual o motivo? Não temos a menor idéia. Muitos pacientes foram questionados pelos motivos mais prováveis, mas os relatos são inconclusivos.
2 – Como a primeira opção não é procurar um médico especialista, a maioria das pessoas recorre ao ambiente digital buscando informações de como tratar. Fizemos um levantamento em diversos locais da WEB e a maioria absoluta das informações publicadas esta completamente incorreta. Chegando em muitos casos a serem oferecidas CURAS com chás de plantas obtidas de lugares místicos. Parece exagero, mas não é. Crendices como o uso do aminoácido Lisina, Chás, Simpatias, modos os mais bizarros de tratar as feridas são publicados ou mesmo comercializados como verdades absolutas.
3 – Óbvio que não funcionam, mas escutamos muito, os relatos afirmando que “…no começo funcionava e depois parou de funcionar…” , é difícil explicar, mas isso acontece, não porque o suposto “remédio” funcionou, mas sim pelo fato do paciente ter acreditado que funcionaria e isso diminui o estresse, que diminui a ansiedade que melhora o sistema imunológico e na prática clínica chamamos isso de EFEITO PLACEBO. Basicamente se dermos algo para um paciente e afirmarmos que isso o deixará melhor o efeito placebo se manifesta. Esse é o motivo de serem feitos testes DUPLO CEGOS, onde nem quem aplica a medicação, nem quem recebe sabe qual é o medicamento e qual é o placebo (algo que parece o medicamento, mas não tem atividade nenhuma).
4 – Claro que imaginamos que estes pacientes sejam pessoas pouco esclarecidas e de pouca informação, mas isso não é verdade, o ITEM 3 atinge a todos. O motivo é simples, ter uma ferida na genitália ou em uma região do corpo que do e não cicatriza e os medicamentos que são prescritos ou autoaplicados não funcionam, leva qualquer um ao desespero.
5 – Após o período de efeito placebo terminar, os pacientes geralmente amplificam o uso dos medicamentos prescritos ou não e/ou dos métodos com o intuito de conseguir um resultado por mais tempo. É comum a maioria das pessoas acreditar que uma dose (ou quantidade maior de algo) vai fazer mais efeito. Na prática isso não funciona, e na verdade funciona de forma reversa, piorando aquilo que inicialmente se prepõe a “curar” ou “ajudar”, vale para TUDO esta afirmação, inclusive os medicamentos que são utilizados pela Anthygenus.
6 – Nesse ponto geralmente o médico e/ou médico especialista não conseguiu resolver o problema do paciente, e a esperança de que o médico poderia ajudar, torna-se cada vez menor. Mas porque o médico não conseguiu ajudar o paciente com herpes? Então, o assunto é extenso e envolve uma relação histórica complexa e que nesse momento o paciente com herpes não terá nenhum benefício.
7 – O medicamento prescrito em 100% dos casos onde o paciente com herpes procura o médico pela primeira vez é sempre o ACICLOVIR em comprimido e em pomada (usado nas feridas), com poucas variações. Então, nenhuma forma deste medicamento é funcional, a explicação também é complexa, (em um publicação futura vamos abordar melhor o assunto), e a orientação é não prescrever se for médico e não utilizar se for paciente. Calma, vamos ver o que existe de alternativa no próximo item.
8 – Com a situação sem controle, infecções re-infectam locais próximos, principalmente por causa do excesso de higiene e constantes depilações (de qualquer tipo), o ciclo de 15 dias parece ser maior, mas é porque quando termina o ciclo em uma região, começa em outra, por isso o paciente tem a impressão de que esta sempre com as feridas de herpes. Estes são os casos mais graves e que estaão presentes em pacientes com uma alta carga viral.
O que fazer para baixar a carga viral?
Podemos usar dois antivirais, vou citar apenas os mais comuns de conseguir encontrar no Brasil e antes que comece a usar ENTENDA que deve deixar de fazer TUDO que fez e leu na internet (inclusive usar “kit covid” e qualquer medicamento que tenha corticoide (leia a bula para saber)) e que o tratamento deve ser feito de forma rigorosa. SIM, são as doses que estão descritas e são maiores do que a que esta na bula do medicamento e SIM devem ser usados em intervalos de 8/8 horas (eu sei é inconveniente, mas precisa ser assim para funcionar. NUNCA use uma dose dobrada porque o horário da próxima dose vai ficar ruim). E SIM somente deve ser usado por 7 dias NUNCA mais do que isso. E finalmente deve haver um intervalo de pelo menos 1 hora de uso entre um e outro (eu sei sua semana vai ser um inferno, mas não tem outro jeito).
A – Valaciclovir – 1.000mg – 3 vezes ao dia de 8/8 horas por 7 dias seguidos.
B – Fanciclovir – 1.000mg – 3 vezes ao dia 8/8 horas por 7 dias seguidos.
As feridas podem ser tratadas apenas com hipoglós ou pantenol (genérico) e talco antisséptico para deixar o mais seco possível, isso vai acelerar a regeneração e evitar que outras regiões sejam afetadas. Pode usar a vontade o talco. Todos podem ser comprados em drogarias.
9 – Mas eu já usei estes antivirais e não funcionou, o que eu faço? Se as doses foram menores que as recomendadas aqui ou o intervalo foi maior, significa que o vírus adquiriu resistência. Neste caso teremos de usar outra linha de antivirais (tem alto custo) e devem se dirigir ao atendimento para orientação.
10 – Usei os antivirais e funcionou, não aparece herpes há um bom tempo, devo fazer algo a mais?
Se usou o ciclo de 7 dias e funcionou, apenas mantenha sua imunidade bem que poderá demorar muito para voltar a aparecer. Caso já tenha utilizado Imunoterapia e usou os antivirais e o herpes desapareceu por um bom tempo, então, siga com sua vida normalmente. Caso não tenha usado imunoterapia essa é uma opção para melhorar a imunidade de uma forma geral e não precisam ser tratamentos concomitantes, pode haver um intervalo entre estes, mesmo porque o custo pode ficar elevado. Qualquer que seja o caso entre em contato com o atendimento e tire suas dúvidas.
11 – Todo o texto supracitado é orientativo, ele não coloca a opinião de seu médico em questão, caso o mesmo tenha uma estratégia diferente ou queira alterar a que foi supracitada o mesmo tem total liberdade para fazer isso. ENTENDA, o texto é um conjunto de orientações baseadas em referências bibliográficas e na interação com médicos e pacientes.
OBS.: Caso o paciente não possa adquirir os medicamentos por questões financeiras, poderá tentar conseguir uma prescrição médica que descreva o tratamento e utilizar a justiça gratuita para adquirir os medicamentos por ação judicial (uma pesquisa na internet vai fornecer as informações necessárias).
Referências Bibliográficas
[01] Joana C. R. Batista. Mecanismos de ação de substâncias antivirais. Repositório Digital, 2011. Disponível em:< https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/2240/1/TM.pdf > Acesso em: 10 de Junho de 2021.
[02] Kieff, Elliot et al. Genetic Relatedness of Type 1 and Type 2 Herpes Simplex Viruses. JOURNAL OF VIROLOGY, May 1972, p. 738-745
[03] Dworkin, R. H. Recommendations for the Management of Herpes Zoster. Management of Herpes Zoster Clinical Infectious Diseases 2007; 44:S1–26.
[04] COIMBRA, M. P. C. O HERPES ZOSTER NO IDOSO. Disponível em: < https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/37130/1/Herpes%20Zoster%20no%20Idoso.pdf >. Acessado em 10 de Junho 2021.
[05] Chen, Y. E., Fischbach, M. A. and Belkaid, Y. Skin microbiota–host interactions. Nature. 2018 January 24; 553(7689): 427–436. doi:10.1038/nature25177.
[06] Wilhelmus, K. R. Antiviral treatment and other therapeutic interventions for herpes simplex virus epithelial keratitis. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4443501/pdf/nihms686388.pdf >. Acessado em: 10 de Junho de 2021.